quinta-feira, 26 de abril de 2018

04, 11, 18 e 25/04/2018 - PEDAGOGIA DA AUTONOMIA





Referência(s): FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.



O que precisamos saber para ensinar?
A importância desta pergunta é incomensurável e, Paulo Freire, responde, explica e explana esse questionamento de forma majestosa em sua obra Pedagogia da Autonomia.
As exigências existentes para o efetivo ato de ensinar são inúmeras, tais como ensinar exige pesquisa, ensinar exige reflexão crítica sobre a prática e ensinar exige bom senso, por exemplo. Estas são algumas das exigências entre tantas outras que são citadas na obra deste autor ímpar de importância indiscutível para a prática docente.
Paulo Freire nos leva a refletir sobre as necessidades incorporadas ao processo de ensino e aprendizagem de forma que nos torna mais críticos de nós mesmos e de nossas práticas.
Ensinar exige bom senso é um dos temas abordados na obra que tráz uma reflexão a cerca de que devemos ser ponderados e vigilantes enquanto estamos exercendo funções de ensino, enquanto educadores.
Destaca também a responsabilidade do professor e o quão grandiosa é a missão deste.
E tão importante quanto as demais reflexões,Paulo Freire diz que "É que o trabalho do professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo." Isso nos faz ficar atentos de que é preciso sempre levar em consideração os interesses, culturas e individualidades dos alunos para que o ato de ensinar seja significativo.
Conhecer e entender Paulo Freire é uma experiência singular, tendo em vista tantas reflexões e ideias inovadoras que influenciam muito os estudiosos da educação e também os professores em formação nas mais diversas áreas.
Exercer uma pedagogia baseada nos ensinamentos e ideais de Paulo Freire significa trabalhar em busca da formação de cidadãos críticos, pensantes, e conhecedores do seu lugar e sua importância. Significa entender, respeitar e acrescentar algo na aprendizagem de cada aluno.


Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=RfDQotFcUwI > Acesso em 26/04/2018

quinta-feira, 19 de abril de 2018

A Didática e as Tarefas do Professor

Planejamento

  • Conhecimento das características sociais, culturais e individuais dos alunos, bem como o nível de preparo escolar em que se encontram.
Disponível em: < http://mariajprn.blogspot.com.br/2016/09/plano-de-aula-direitos-e-deveres-das.html> Acesso em 19/04/2017

Direção

  • Habilidade de tornar os conteúdos de ensino significativos, reais, referindo-os aos conhecimentos e experiências que trazem para a aula.

Disponível em: < https://www.infoescola.com/pedagogia/interdisciplinaridade/> Acesso em 19/04/2018

Avaliação

  • Domínio de meios e instrumentos de avaliação diagnóstica, isto é, colher dados relevantes sobre o rendimento dos alunos, verificar dificuldades, para tomar decisões sobre o andamento do trabalho docente, reformulando-o quando os resultados não são satisfatórios.
Imagem Disponível em <http://www.feuc.br/revista/index.php/tag/avaliacao-escolar/ > acesso em 19/04/2018

SÍNTESE

É tarefa do  professor planejar o que vai ser trabalhado, levando em consideração as características individuais dos alunos, bem como suas experiências de vida, sua cultura, o meio em que ele está inserido e organizar tudo cuidadosamente de forma que a construção do conhecimento se dê de forma significativa e qualitativa.
Faz parte também das competências do professor direcionar as atividades de forma que os alunos fiquem estimulados a aprender e que seus conhecimentos de vida sirvam como contribuição para o aprendizado, enriquecendo a atividade e fazendo esta se tornar mais interessante e bem fundamentada.
Na hora da avaliação o professor deve ficar atento, fazendo com que esta seja um instrumento para identificar o que foi aprendido e em quais pontos é preciso retomar o assunto. Uma avaliação que não leva em consideração as peculiaridades dos alunos e suas vivências não pode ser justa nem ter um resultado real, pois cada ser é único e deve ser tratado desta forma. A imagem acima é uma ilustração contrária ao que vimos até agora e nos leva a refletir sobre o real papel que o professor deve desempenhar diante dos alunos, quando da construção do conhecimento e da avaliação de como esta construção se deu.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

01/03 - 08/03 - 15/03 - 22/03 - Teoria da Instrução e do Ensino


Referência:
LIBÂNEO, José Carlos, Didática: Teoria da Instrução e do Ensino.In: LIBÂNEO, José Carlos, Didática. 14ª ed. São Paulo: Cortez, 1999.

Exposição de Fatos (o que você sabe?)
A didática serve para viabilizar o ensino e facilitar a aprendizagem, utilizando várias técnicas e caminhos para alcançar este objetivo.

Questões (o que você precisa saber?)
É possível?
Qual o papel da didática?
Qual o papel do professor?
Qual a forma certa de ensinar?
O que é teoria da instrução do ensino?
Como se desenvolveu a teoria da instrução do ensino?
Como surgiu a didática?


Ações (o que você precisa fazer?)
Ampliar os conhecimentos do assunto através do material disponibilizado, buscando também mais fontes a fim de complementar as informações.
Ler e analisar criticamente, tentando entender o que o autor passa e também confrontar possíveis adversidades.

Dúvida (s)/ comentário (s)/ reflexão (es)/ registros sobre o conteúdo da aula:

Didática como atividade pedagógica escolar
Pode-se dizer que a didática estuda o processo de ensino, levando em consideração alguns itens, tais como: conteúdos de cada disciplina, o ensino e a aprendizagem. Muitas ações devem ser pensadas e desenvolvidas no processo de ensino e aprendizagem a fim de garantir a construção do conhecimento e o desenvolvimento físico e intelectual dos alunos.
Mas afinal, o que é a teoria da instrução do ensino?


Estes dois ítens citados acima sofrem influências de acordo com as necessidades da sociedade para o seu desenvolvimento e as condições em que ocorrem o trabalho. Esses dois fatores interagem entre si e é nessa interação que a Didática se fundamenta para formular as diretrizes orientadoras do processo de ensino.
Algumas metodologias específicas de ensino, como a Psicilogia da Educação e a Sociologia da Educação se fundem com a didática e formam a Teoria da Instrução e do ensino se tornando mais abrangentes e abstraindo as particularidades de cada matéria separada.



Desenvolvimento Histórico da Didática e tendências pedagógicas

Na antiguidade clássica os filósofos como  Sócrates, Platão e Aristóteles ensinavam cada um à sua maneira, usando sua "didática" própria, de forma expontânea, porém com um objetivo e um método determinado. O termo didática não existia, mas acontecia!

No século XVII Comênio, que é considerado o pai da didática sistematizou os processos de ensino, criando princípio s e regras do ensino, registrados em sua obra Didática Magna.
Sua idéia central era "Ensinar tudo e a à todos., "a educação é um  direito natural de todos".

No século XVIII Jean Jacques Rousseau propôs uma concepção que levava em consideração as necessidades e interesses da criança, não vendo a criança como um adulto em miniatura. O estudo deve ser organizado de forma diretamente relacionada ao desenvolvimento atual do aluno. Defendia que é preciso despertar o interesse da criança para que o conhecimento aconteça. A criança está ligada à natureza e à tudo que a rodeia e isto influencia diretamente na sua aprendizagem, por isso a importância de despertar o interesse e relacionar o ensino aos interesses do aluno. Escreveu o livro "Emílio ou Da Educação".
Pestalozzi

No Século XIX Johan Friedrich Herbart estabeleceu passos didáticos a serem seguidos a fim de desenvolver o ensino em coformidade com as leis psicológicas do conhecimento. Seu metódo consistia em: Passo 1 - Clareza, passo 2 - associação, passo 3 - sistematização e passo 4 - método.
Após seu método, seus discípulos desenvolveram a sua proposta, ordenando os passos em cinco: preparação, apresentação, assimilação, generalização e aplicação. Tal método ainda é utilizado hoje em dia por muitos professores.
No seu sistema pedagógico os alunos devem aprender  retransmitir o que aprenderam, apenas decorando, sem que a opinião crítica fosse desenvolvia, resultando assim uma aprendizagem mecânica.

No século XX surgiu a pedagogia tradicional e a pedagogia renovada. Destaca-se a valorização da criança, dotada de liberdade, iniciativa e de interesse próprios e, por isso sujeito da sua aprendizagem e agente do seu próprio desenvolvimento. (pag.62)
O movimento escolanovista, surgiu no início da década de 30 e teve uma atuação decisiva na formulação da política educacional, na legislação, na investigação acadêmica e na prática escolar. No Brasil Anísio Teixeira foi um dos principais educadores ativistas. Este movimento valoriza a importância da educação e da escola, salientando que a escola não é uma preparação pra vida, á a própria vida.

Tendências Pedagógicas no Brasil e a Didática

Pedagogia Tradicional: a didática é um conjunto de princípios e regras. O professor tem o papel obrigatório de ensinar. O principal meio de ensino é a palavra, a transmissão oral. O aluno deve decorar a matéria, receber as informações e decorar. O aluno deve se encaixar em um modelo idealizado de homem. Nesta pedagogia a utilização de material concreto existe, porém é apenas mostrado, não sendo possível a manipulação. Isto resulta que continua sendo um método mecânico, automático não estimulando a atividade mental do aluno e o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais.

Pedagogia Renovada: inclui várias correntes, ligadas ao movimento da pedagogia ativa, do final do século XIX Enter elas:

  • a progressivista (baseada na teoria de John Dewey);
  • a Não diretiva (Carl Roger);
  • a Ativista-espiritualista (orientação católica);
  • a Culturalista;
  • A Piagetiana (Teoria de Jean Piaget)
  • A Montessoriana (Teoria de Maria Montessori).
Nesta Didática o aluno é o centro da atividade, e o professor e a matéria são agentes que complementam o processo.O aluno é agente investigador e o professor deve colocar este em condições propícias para que a aprendizagem aconteça.
Com base nesse princípio atividades em grupo, cooperativas, estudos individualizados, pesquisas, projetos e experimentações são bastante indicadas e utilizadas, pois com todas essas alternativas é possível criar as condições necessárias que atendam as necessidades e interesses do aluno.
Sendo assim a Didática não é a direção do ensino e sim a orientação da aprendizagem.
Apesar de todos os pontos positivos que podem ser destacados nesta Didática, tais como o incentivo ao aluno pensar e desenvolver pensamento autônomo, esta prática sofre com a falta de preparo dos professores, que utilizam a prática de trabalhos em grupo e as demais citadas anteriormente mas acabam avaliando os alunos de forma tradicional, exigindo que estes decorem conteúdos e aplicando provas quantitativas, sem valorizar a qualidade do conhecimento que o aluno construiu durante a realização das atividades.
Luís Alves de Mattos, em sua obra Sumário de Didática Geral, identifica algumas características atribuídas à Didática Moderna (paralela a Didática da Escola Nova). Estas determinam o aluno como o fator pessoal decisivo na situação escolar e a partir disso as atividades escolares giram ao seu redor e estas devem orientá-lo e incentivá-lo, buscando desenvolver seu caráter e personalidade.
Para Mattos:


Mattos também desenvolveu a Teoria do Ciclo docente, que abrange as fases de planejamento, orientação e controle da aprendizagem e suas subfases, é definido como "o conjunto de atividades exercidas, em sucessão ou ciclicamente, pelo professor, para dirigir e orientar o processo de aprendizagem dos seus alunos, levando-o ao bom termo. É o método em ação".


Tecnicismo Educacional: Esta educação, inspirada na teoria behaviorista e na abordagem sistêmica do ensino desenvolveu-se no Brasil nas décadas de 50 e 60, incentivada pelo Regime Militar por ser compatível com a orientação econômica, política e ideológica deste. Seu principal foco é a racionalização do ensino, utilizando meios e técnicas mais eficazes.
Neste sistema o professor é administrador e executor do planejamento.

Pedagogia Libertadora e Pedagogia Crítico-Social: essas duas tendências progressistas defendem uma educação crítica em prol das transformações sociais, porém apresentam linhas de pensamento distintas no que se refere à abordagem e determinação dos objetivos imediatos.
Enquanto a pedagogia libertadora tem um enfoque centrado nas discussões relacionadas  aos temas políticos e sociais, fazendo análises de problemas e realidades do meio sócio-econômico e cultural a pedagogia crítico social enfatiza o entendimento dos conhecimentos sistematizados como fundamentais para a efetiva participação do povo nas lutas sociais, resultando em confrontos críticos de experiências sócio-culturais e conhecimentos sistematizados. Tais objetivos são apresentados a seguir no quadro comparativo dessas duas tendências.





SÍNTESE

Sabe-se que desde os primórdios existiu formas de instrução e aprendizagem, por mais que estas não fossem sistematizadas, elas aconteciam de forma natural e com a sofisticação das sociedades a necessidade de sistematizar e aperfeiçoar estas práticas que vinham sendo realizadas, foram sendo desenvolvidas técnicas para auxiliar o ensino e a aprendizagem.
Em meados do século XVII João Amós Comênio escreveu uma obras clássica chamada de Didática Magna de Comenius, a qual apresentava princípios para a prática educativa nas escolas. Ele tinha por objetivo "ensinar tudo e a todos" e seus princípios refletiam seus ideais. Ele tinha o desejo que todas as pessoas pudessem usufruir dos benefícios do conhecimento e isto foi o combustível para que sua contribuíção à Didática fosse tão significativa.
Jean Jacques Rousseau propunha ma nova concepção, onde as necessidades e interesses da criança eram a base do seu trabalho.
Estes dois pensadores e também outros como Pestalozzi, com seu método intuitivo, Johann Friedrich Herbart, que defendia que a principal tarefa de instrução é introduzir ideias corretas nas mentes dos alunos, foram as bases do pensamento pedagógico, da Pedagogia Tradicional e da Pedagogia Renovada.
Quanto ao tecnicismo Educacional destaca-se que era voltado principalmente na racionalização do ensino, relacionando os conhecimentos prévios do aluno com os objetivos estabelecidos.
Em contrapartida a pedagogia Libertadora e a crítico-social visam a transformação social através do desenvolvimento do pensamento crítico, porém divergem no que diz respeito aos saberes científicos, onde a Libertadora visa as discussões criticas enquanto a crítico-social se preocupa também com os conhecimentos já sistematizados.
Com isso conclui-se que conforme o tempo avança as ideias vão se modificando e se aproximando do que temos hoje em dia. Algumas tendências visam mais as necessidades dos alunos enquanto outras priorizam a aprendizagem mecânica com resultados quantitativos, sem se preocupar com a qualidade do conhecimento que foi assimilado.

Imagem disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/323414816970273457/?lp=true> acesso em 11/04/2018 (Adaptado)




27/11/2018 - AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO Perguntas: Como avaliar levando em consideração as diferenças entre os estudantes? Quais são os critérios dos professor...